Se o pai é alcoólatra o filho também pode ser? Entenda como isso funciona
01/03/2023
Consumir bebidas socialmente não quer dizer que a pessoa é dependente. É importante saber diferenciar a doença da ingestão que ocorre em situações sociais e algumas características devem ser consideradas para entender o perfil de uma alcoólatra.
O comportamento é o primeiro sintoma que pode ser visto como alterado, quando a pessoa está viciada em álcool. É comum observar que a pessoa pode iniciar o processo de dependência bebendo sozinho em momentos em que isso não deveria acontecer ou quando se percebe que a tolerância dela ao álcool está aumentando.
Mas a presença de um pai alcoólatra na família faz com que ela toda sofra.
Ele pode se tornar agressivo, e capaz de trazer grandes problemas no círculo familiar. O interesse por outras atividades também fica enfraquecido, pois a pessoa acaba não conseguindo realizar tarefas e ocupações de lazer, às vezes até deixando de trabalhar.
O que é o alcoolismo?
Considerado uma doença crônica, o alcoolismo tem como principais características a dependência alcoólica e a incapacidade de controlar o desejo.
Há vários tipos de alcoolismo. O alcoólatra crônico costuma iniciar o consumo na adolescência e mantém um uso regular por muitos anos. Além disso, eles possuem uma característica genética forte.
Algumas pessoas costumam manifestar transtornos mentais como alterações de humor e essas pessoas também possuem tendência à dependência de diferentes substâncias psicoativas.
Os alcoólatras funcionais iniciam o consumo na fase jovem adulta, familiar intermediário e outros.
Há alguns sintomas que podem ajudar a diagnosticar o paciente alcoólatra e um dos principais é o consumo do álcool no trabalho, por exemplo.
O paciente também pode apresentar delírios e descontrole na hora que para de beber.
Desejo incontrolável por bebidas
O desejo desenfreado por bebidas alcoólicas, também conhecido como compulsão alcoólica, se refere a incapacidade do sujeito de administrar impulsos na hora de consumir a bebida.
Nessas situações o paciente acaba não tendo hora nem lugar para beber e isso acaba trazendo consequências.
O sujeito também não consegue mais dosar o que é pouco e o que é muito, levando a estados de embriaguez que repercutem negativamente na vida social.
A dependência é caracterizada pelo consumo contínuo da bebida e estudos apontam que o alcoolismo é genético.
Pais alcoólatras, filhos serão alcoólatras também?
Pesquisas demonstram que filhos de pais alcoólatras apontam uma tendência genética a dependência alcoólica, e dados indicam que pessoas que possuem parentes alcoólatras são mais resistentes à embriaguez e mais da metade dos alcoólatras têm parentes com histórico de dependência.
Além do alcoolismo, outras dependências estão relacionadas com o tabagismo.
Mais da metade da tendência para o uso do cigarro tem origem em fatores genéticos e isso comprova que o tabagismo é hereditário.
O histórico de alcoolismo na família torna o sujeito predisposto ao desenvolvimento da dependência alcoólica e para compreender se o alcoolismo é genético, pesquisadores vêm tentando entender o papel disso na vida dos filhos de alcoólatras.
Fatores ambientais também têm forte influência no desenvolvimento e na manutenção da dependência em álcool, o que acaba aumentando a chance de jovens caírem na dependência.